quarta-feira, 20 de abril de 2011

Melhoramento Genético – Abelhas sem Ferrão.

A nossa meliponicultura ainda tem muito que avançar se formos compará-la a outras criações.
E há muitas questões a serem esclarecidas e outras mais a serem estudadas.
Vou falar nesta postagem de melhoramento genético.

O que é melhoramento genético?
Melhorar algo geneticamente é simplesmente selecionar os melhores indivíduos de um grupo da mesma espécie, e reproduzi-los.
A própria natureza faz esse melhoramento, sendo que bem mais lentamente.

Melhoramento genético no mundo de hoje, que está cada vez mais populoso, está ligado diretamente ao aumento de produção.
E na meliponicultura não pode ser diferente. A cada dia que passa, esta atividade tem se mostrado lucrativa, e para que se obtenham bons resultados, comercialmente falando, o melhoramento genético tem que fazer parte da rotina do meliponicultor que a explora comercialmente.

Como fazer?


Antes de tudo o meliponicultor tem que ter em mente o que vai produzir. Qual produto?
Depois de tomada a decisão sobre o que vai produzir. É hora de separar os enxames que produzem mais deste produto em comparação aos outros.


As formas de organizar essa seleção dependem de cada um. (No meu caso eu utilizo o histórico fotográfico).  E as formas de melhoramento são varias, vai de um simples manejo de rainhas ate inseminação artificial em laboratório. (como já existe para a Apis a um bom tempo).
Na minha modesta opinião o meio mais fácil e barato e que também dar excelentes resultados é o manejo de rainhas.

A rainha é responsável por metade da carga genética que é repassada para suas filhas e por todas as informações genéticas herdadas por seus filhos zangões. Essa carga genética é o que vai determinar quais produtos terão prioridades dentro da colméia, e quais serão produzidos apenas o suficiente para manutenção do enxame.

Quando fazer?

Após conhecer  quais enxames existem em seu meliponario com as características desejadas e os que possuem as indesejadas, é hora de iniciar os trabalhos.

Para saber ao certo quem é quem, é necessário acompanhar suas colméias.
Pois não adianta sair abrindo as colméias e classificando enxames em pequenos e grandes, ou bons e ruins sem saber os motivos. Apenas com uma revisão ou duas.

O que vai dizer se enxame tal é melhor que outro, é o tempo que ele vai gastar pra armazenar o produto desejado pelo meliponicultor, em relação aos outros.
E para isso eles terão que está nas mesmas condições uns dos outros, caixas, alimentação e abrigo iguais.

Os que forem classificados e considerados de genética boa para produzir o que se deseja. Seja mel, pólen, própolis ou qualquer outro. Serão marcados e utilizados para reprodução. Aqueles que tem características diferentes podem ser melhorados e igualados aos demais eliminando-se a rainha e introduzindo em seu lugar outra  proveniente de um enxame reprodutor.

Caso a espécie que se cria no meliponario não aceite com facilidade uma rainha vinda de outro enxame, utiliza-se então crias. Neste caso elimina-se a rainha e se retira todas as crias (que podem ser doadas para outro enxame) e as substitui por crias nascentes de um enxame reprodutor.

E só pra deixar claro, não existem enxames ruins, existem enxames mal cuidados. Ou por falta de alimento ou com rainha velha etc. E não é por que um enxame produz menos ou mais de qualquer produto que ele é “ruim” para a natureza ou para criá-lo racionalmente, todos têm sua função e atuação, e parte desta importância está justamente na diversidade genética.


Assim sendo, cabe ao meliponicultor selecioná-los conforme a sua demanda e/ou objetivo.
E quando se fala em colméia de boa genética, se faz necessário especificar de qual produto estamos falando.

Para maiores informações acessem as paginas dos Caríssimos amigos, Leo Pinho: Granja Pouso Alegre.
E Kalhil Pereira:( Meliponario do Sertão) aqui encontrarão outras formas simples, de como melhorar os enxames com passar do tempo.

Fiquem com Deus e Boa Sorte!

Att: Isaac Soares de Medeiros

6 comentários:

  1. Meu amigo Isaac,

    seu blog,está a cada dia,mais profissional,pois vc sempre fala de assuntos de importância para a meliponicultura.

    Abraço.
    Paulo Romero.
    Meliponário Braz.

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  2. Caro Isaac, parabéns pelas postagens tão pertinentes aos iniciantes, como no meu caso. não trabalho ainda com substituição de rainhas, mas agora tenho as informações que precisava. um grande abraço. Visite o meliponariocamposverdes.blogspot.com. João Paulo.

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  3. oi como eu faço um alimentador externo para alimentar as minhas abelhas uruçu.

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    1. Bom dia amigo Magno!
      Rpz, tem varias modelos de alimentador, eu uso esse devido a simplicidade: https://picasaweb.google.com/112144428960505969084/ALIMENTADOR#5495664313172206914

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  4. Parabéns;Que bom seria se nosso mundo fosse feito de pessoas como Você,mas DEUS em sua INFINITA BONDADE quer que o JOIO e o TRIGO cressa juntos, só ELE pode e deve separar no final:Continue sempre assim inspirado em ajudar a NATUREZA e ao PRÓXIMO ,pois na verdade as coisas que fazemos nunca foi ou é entre NÓS e às PESSOAS,mas sim entre NÓS e DEUS.

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